Quais os sintomas do câncer de pâncreas e como é feito o diagnóstico?
- cconcocli
- 15 de abr.
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Não conseguir identificar os sintomas antes da confirmação do diagnóstico do câncer de pâncreas é algo comum. Isso porque trata-se de uma doença silenciosa, ou seja, que geralmente não manifesta sinais no início.

No último mês, o guitarrista dos Titãs, Tony Belotto, revelou que está com um câncer de pâncreas. O músico afirmou que o tumor foi detectado durante um exame de rotina e que vai se afastar dos palcos para passar por uma cirurgia para tratar a doença.
Não conseguir identificar os sintomas antes da confirmação do diagnóstico do câncer de pâncreas é algo comum. Isso porque trata-se de uma doença silenciosa, ou seja, que geralmente não manifesta sinais no início. Também não há um exame específico que contribua para rastrear a doença precocemente.
Em razão dessas questões, o câncer de pâncreas tem um dos diagósticos mais difíceis de serem realizados precocemente e é um dos tipos de câncer mais letais no Brasil e no mundo.
O câncer de pâncreas é caracterizado por desregular o funcionamento da glândula, responsável por produzir a insulina, hormônio que quebra moléculas de glicose e as transforma em energia para o nosso corpo. Por isso, os sinais que indicam a doença podem estar ligados à sensação de fraqueza ou fadiga constante, além de outros sintomas como:
Dor abdominal que irradia até as costas;
Perda de peso não intencional ou falta de apetite;
Pele e olhos de cor amarelada (condição chamada icterícia), causada pelo crescimento do tumor que aperta as estruturas do pâncreas;
Urina com cor escura;
Sensação de coceira na pele;
Diagnóstico de diabetes ou piora do controle de uma diabetes que já havia sido detectada anteriormente.
Muitos desses sintomas não são exclusivos do câncer de pâncreas. Por isso, mesmo que eles apareçam somente em estágio mais avançado, ainda há uma série de outras condições suspeitas que podem ser avaliadas pelo médico.
Como é feito o diagnóstico do câncer de pâncreas?
A análise do especialista partirá de alguns exames, principalmente os de imagens, como ultrassom, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT). Outra possibilidade é utilizar testes de marcadores tumorais, que são exames de sangue que analisam o nível de proteínas específicas. No caso do câncer de pâncreas é o marcador CA19-9, mas que não tem uma grande acurácia.
Caso as suspeitas persistam, o diagnóstico definitivo deve ser feito por meio da biópsia. Nesse caso, é removida uma pequena amostra do pâncreas para ser examinada em um microscópio no laboratório. Esse tecido pode ser retirado durante uma ecoendoscopia por uma agulha inserida no pâncreas através do estômago ou do duodeno (um procedimento chamado aspiração com agulha fina), ou mais raramente por biópsia atraves da pele guiada por tomografia.
Apesar das dificuldades no diagnóstico, os fatores de risco para o câncer de pâncreas podem ser evitados. Os riscos para o desenvolvimento da doença diminuem quando a pessoa adota um estilo de vida saudável, sem fumar e evitando a obesidade e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Por isso, evite esses fatores de risco e marque seus exames de rotina para verificar como está sua saúde.