Na maioria dos casos, o câncer primário de peritônio não apresenta sintoma durante o desenvolvimento inicial da doença. Em fase mais avançadas, o paciente pode apresentar: perda de apetite, inchaço no abdômen, dor abdominal, constipação ou diarreia, necessidade de urinar com frequência.

Ao apresentar esses sintomas – que podem estar relacionados a câncer de peritônio ou outras doenças não cancerosas – é importante você procurar um médico para o diagnóstico.

No caso de suspeita de câncer de peritônio, é preciso confirmar a doença e determinar sua origem para saber se é um câncer primário (com início no peritônio) ou secundário (metástase de um câncer que começou em outro órgão).

Dessa forma, os exames realizados têm como objetivo buscar o local primário e consistem, além do exame clínico, em exames de imagem (tomografia ou ressonância de todo o abdômen); exames endoscópicos (endoscopia alta e colonoscopia); marcadores tumorais (CEA, CA 125, CA 19-9). Há casos, em que o médico pode pedir uma videolaparoscopia.

Para os casos de acomentimento secundário do peritônio, ou seja, quando o tumor surge em algum outro órgão e se espalha na cavidade, o tratamento é geralmente com quimioterapia, especialmente como primeira abordagem.

Em alguns casos, a depender da origem da doença, após um período de tratamento sistêmico pode ser indicada uma cirurgia chamada citorredutora, que remove os implantes no peritônio. Este procedimento pode ainda, em casos específicos, ser complementado com a administração de quimioterapia aquecida dentro da cavidade (HIPEC).

Para os tumores nascidos no peritônio (mesotelioma e pseudomixoma), a cirurgia citorredutora e a quimioterapia intraperitoneal são os tratamentos de escolha, quando tecnicamente factíveis.