Hérnia de hiato pode virar câncer?
- cconcocli
- 22 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Ao contrário do que muitos pensam, a hérnia de hiato não tem relação direta com o câncer de esôfago. No entanto, o refluxo gastroesofágico, que envia ácidos do estômago para o esôfago, pode causar uma complicação denominada esôfago de Barrett e essa doença aumenta o risco de desenvolvimento de um câncer de esôfago.

A hérnia de hiato ocorre quando há o deslocamento do estômago para o tórax através da pequena abertura pela qual o esôfago atravessa o diafragma para entrar na cavidade abdominal. Isso pode acontecer devido ao alargamento desta passagem no diafragma, levando a transição esôfago-gástrica a perder sua capacidade de impedir que os ácidos estomacais subam para o esôfago.
Quando esse mecanismo não funciona corretamente, a pessoa pode ter refluxo gastroesofágico e, consequentemente, azia e pirose, os sintomas mais comuns da hérnia de hiato.
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Ao contrário do que muitos pensam, a hérnia de hiato não tem relação direta com o câncer de esôfago. No entanto, o refluxo gastroesofágico, que envia ácidos do estômago para o esôfago, pode causar uma complicação denominada esôfago de Barrett e essa doença aumenta o risco de desenvolvimento de um câncer de esôfago.
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Além de azia, a hérnia de hiato pode trazer outros desconfortos, como: mau hálito, arrotos constantes, dor no peito ou na região abdominal, sensação de queimação na garganta, tosse crônica e seca, dificuldade para engolir alimentos e bebidas, ânsia de vômito constante.
Como a região afetada fica perto das vias respiratórias também há risco de aspiração pulmonar. No entanto, há pacientes com hérnia de hiato assintomáticos.
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Em geral, as complicações da hérnia de hiato estão relacionadas aos hábitos de vida da pessoa. A doença é mais comum em pacientes obesos, tabagistas, consumidores frequentes de bebidas alcoólicas, adeptos da ingestão de alimentos gordurosos, que contribuem para o relaxamento da musculatura do esôfago.
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O diagnóstico de hérnia de hiato é realizado pelo médico gastroenterologista, que avalia os sintomas e o histórico de saúde, além de solicitar exames de imagem. O tratamento é individualizado, de acordo com o quadro clÃnico do paciente e as complicações apresentadas.
Há casos que podem ser tratados com medicamentos e mudanças no estilo de vida e outros que necessitam de cirurgia. E para aqueles pacientes com maior risco de desenvolver câncer de esôfago, o acompanhamento anual com endoscopia pode ser indicado.
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