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Como saber se o câncer de estômago é hereditário?

  • cconcocli
  • 23 de jul.
  • 2 min de leitura

Raras, as síndromes hereditárias de câncer de estômago transmitem alterações genéticas que aumentam o risco dessas doenças entre as gerações. Em caso de suspeita, a consulta com médico oncogeneticista para um aconselhamento genético é essencial para confirmar ou excluir o diagnóstico.


câncer de estômago

A maioria dos tipos de câncer está relacionada à exposição a fatores de riscos ambientais e são chamados de esporádicos. Apenas 10% dos cânceres são considerados hereditários, ou seja, têm como fator de risco algum tipo de alteração genética que pode ser transmitida entre gerações.

 

Essa regra geral das doenças oncológicas também se aplica ao câncer de estômago, em que predominam casos esporádicos que se desenvolvem devido à exposição a fatores de risco, como consumo excessivo de álcool, tabagismo, alimentação com base em ultraprocessados, entre outros. No entanto, as síndromes familiais podem estar associadas a esse tipo de câncer. Ou seja, apesar de mais raro, o câncer de estômago pode ser hereditário.

 

Câncer de estômago hereditário

 

Entre as síndromes hereditárias de câncer de estômago, a mais comum é a Síndrome do câncer gástrico difuso hereditário (CGDH).

 

A Síndrome do Câncer Gástrico Difuso Hereditário (CGDH) é uma condição genética rara, mas extremamente relevante na oncologia gastrointestinal.

Causada por mutações no gene CDH1, essa síndrome está associada ao desenvolvimento precoce de câncer gástrico difuso, um tipo agressivo de câncer de estômago que muitas vezes não forma uma massa visível e pode passar despercebido em exames de imagem ou endoscopias.

 

O risco de câncer de estômago ao longo da vida entre as pessoas afetadas por essa síndrome é de até 70%.

 

 

Quando suspeitar da CGDH?

 

É fundamental levantar a suspeita clínica em pacientes com:

 

  • Diagnóstico de câncer gástrico difuso antes dos 40 anos;

  • História familiar de câncer gástrico difuso (dois ou mais casos na família, especialmente se ao menos um com menos de 50 anos);

  • História pessoal ou familiar de carcinoma lobular da mama em combinação com câncer gástrico;

  • Presença confirmada de mutação no gene CDH1 em familiares.

 

 

Diagnóstico e conduta

 

Em caso de suspeita em função, por exemplo, de história familiar dessa doença, ocorrência desse câncer em pessoas muito jovens, entre outros sinais de alerta, o recomendado é consultar uma equipe especializada incluindo oncogeneticista e cirurgião oncológico.

 

Esses especialistas vão realizar o aconselhamento genético e, caso indicado, testes para confirmar ou descartar síndromes. Em casos com diagnósticos confirmados da mutação, procedimentos preventivos incluindo uma gastrectomia total profilática podem ser indicados.

 

O conhecimento genético pode transformar a prevenção e o tratamento do câncer. Identificar precocemente riscos e oferecer acompanhamento adequado é uma estratégia eficaz para reduzir a mortalidade associada ao câncer gástrico difuso. Se você tem histórico familiar de câncer gástrico, especialmente em idades jovens, estamos aqui para te ajudar.

 

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Médico responsável: Dr. Héber Salvador de Castro Ribeiro  - CRM/SP 122924  /  RQE 94208
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